sexta-feira, setembro 05, 2008

Santos é de Santos!

As primeiras sugestões para o nome foram África, Brasil e Concórdia, mas decidiu-se que o nome da cidade deveria estar presente na denominação. Inicialmente, o time possuía como cores o branco, azul e dourado. Na prática, porém, os dirigentes encontraram enorme dificuldade em confeccionar uniformes nessas cores. Em 13 de março de 1913 o clube adotou "o branco, que representa a paz, e o negro, que simboliza a nobreza".

"Sua bandeira no mastro é a história /de um passado e um presente só de glórias."

Tudo isso vem sendo jogado no lixo, vem sendo desprezado pela filosofia “Santos é de Santos” com atitudes que lembram a dos senhores de engenho do Brasil colonial ou coisa pior:

De início, a Camorra parece ter feito suas maiores incursões na sociedade através de pequenos monopólios, que ela estabeleceu dentro do sistema penitenciário. Monnier declara que o preso não podia comer, beber ou jogar sem a permissão de um camorrista (membro da Camorra), e um décimo de todo o dinheiro que um prisioneiro recebeia na prisão – com o qual ele podia comprar comida e fumo – tinha de ser dado ao camorrista. O não-cumprimento dessas regras resultaria no “risco de ser morto por golpes de cassetete”. Além disso, as autoridades da prisão também pagariam uma quantia à Camorra para manter os prisioneiros sob controle.
KLEIN, Shelley: As sociedades secretas mais perversas da história. Editora Planeta.

A agressão ao técnico Emerson Leão por um bando de delinqüentes em plena Vila Belmiro demonstra bem o poder da filosofia “Santos é de Santos”, bem ao estilo ditatorial:

As ditaduras sempre se utilizam de força bruta para manterem-se no poder, sendo esta aplicada de forma sistemática e constante.Outro expediente é a propaganda institucional, propaganda política constante e de saturação, de forma a cultuar a personalidade do líder, ou líderes, ou mesmo o país, para manter o apoio da opinião pública. A censura também tem um papel muito importante, pois não deixa chegar as informações relevantes à opinião pública que está a ser manipulada.

Divergências ao trabalho e à personalidade do técnico Emerson Leão são compreensíveis e salutares dentro de um sistema que chamamos de democracia. Montar tocaia e agredir um profissional que expôs, de certa forma, o que há de podre pelos lados da Vila, é coisa de ditadura, feudo, máfia.

“PESQUISA DA FOLHA DE SP”

Justificativa do jornal Folha de S.Paulo que excluiu a torcida santista de pesquisa realizada para compor a publicação “DNA Paulistano”.

A pesquisa Datafolha que vem sendo base para a publicação dos cadernos "DNA Paulistano", tem muito mais dados do que o que tem sido publicado.Por um critério editorial e de gerenciamento do espaço disponível, a Folha optou por publicar apenas dados sobre as três maiores torcidas da cidade.Na região oeste, tema do último caderno, 5% são torcedores do Santos, segundo o levantamento. Corinthians, São Paulo e Palmeiras registram, respectivamente, 27%, 25% e 17%.

Acho muito interessante que um jornal com tradição em pesquisas sobretudo eleitorais ( e que deu origem até ao DATAFOLHA) despreze 5% de torcedores em uma determinada região (no caso, a região oeste) e a partir daí consiga determinar o que consideraria como um comportamento definitivo do paulistano.

Tal “pesquisa”, em qualquer apreciação junto a uma banca ou a alguma comissão de iniciação científica, seria desprezada e ridicularizada.

Interessante é que para a FOLHA de S.PAULO o Santos existe. Mas na infame coluna “PAINEL DO FUTEBOL”, para relatar que Kleber Pereira estaria apalavrado com o Corinthians para 2009.

Depois a “grande imprensa” quer responsabilizar a internet por conta da queda das tiragens de jornais e a queda do número de assinantes de revistas.


(Mas duas perguntas são necessárias: o SantosFC emitiu alguma nota oficial sobre "tal pesquisa"? E a assessoria de imprensa do SantosFC, existe?)

charge antiga, mas que demonstra bem como a imprensa paulistana trata o SantosFC

2 comentários:

Douglas disse...

Eu já nem discuto esse tipo de coisa, Jaime.

Não era o que a diretoria queria?

O Santos pra quem é de Santos!

Renato disse...

Eu tenho uma opinião muito pessoal sobre a Folha e o Estado, que normalmente não é compartilhada por ninguém, mas é onde eu me apego para não ler o caderno de esportes desses dois jornais...

Pra mim, um jornal que insiste em discutir política do futebol, mercado do futebol, legislação do futebol, bastidores do futebol, nunca vai saber falar de futebol por não tratar jamais só do tema futebol...

É o que eu acho que a Folha e o Estado fazem, é o que eu acho que será o futuro do Lance! daqui a alguns anos...

Enfim, acho uma falta de respeito do jornal (que eu já esperava), e é a prova concreta de que nossa assessoria de imprensa não funciona...