sábado, setembro 22, 2007

FALTA AMBIÇÃO, SOBRA CONFORMISMO

O Santos foi derrotado pelo Grêmio em Porto Alegre por 1 X 0 correndo sério risco de terminar a rodada fora do grupo que garante uma vaga na Libertadores 2008.

Mais uma vez o time apresentou um futebol...bem, futebol: o time mantém a mesma postura sempre, seja o jogo contra América-RN, seja contra São Paulo e Grêmio. Parece não haver vibração, raça, parece que não há ambições para este grupo.

Muita gente gosta de lembrar que o time do Santos não fica nada a dever para o São Paulo, líder absoluto da competição e virtual campeão brasileiro. No papel, realmente, se analisarmos, o Santos não tem um mau time, sendo superior em alguns aspectos até mesmo ao atual líder do brasileirão 2008.

Mas qual é o problema, então? Salários atrasados? Brigas internas? Descontentamento de alguns jogadores? Treinador desmotivado? As teorias são inúmeras.

O EFEITO LIBERTADORES E O "FIM DE FEIRA"

Ninguém esconde: o objetivo do Santos em 2007 era mesmo a conquista da Libertadores. Não vamos entrar na discussão sobre o time ter entrado para ganhar essa competição sem um atacante competente; O fato é que a Libertadores pareceu ser O ÚNICO OBJETIVO. Não havia "um depois", não havia um segundo semestre. Quando o time foi desclassificado pelo Grêmio, parece que o desânimo tomou conta de vez na Vila Belmiro. A sensação de "fim de feira" é mais evidente no grupo, especialmente nos jogadores que não conseguiram transferência para o exterior e até mesmo sobre o próprio Luxemburgo. A saída de Zé Roberto e Cléber Santana e a demora em se conseguir reforços também contribuíram para este quadro, embora já se soubesse que a saída destes jogadores já estava marcada.
CONFORMISMO

Mas o que chamou a atenção foi o rol de declarações que apareceram por estes dias. Para o torcedor santista, tais declarações deixam claro o descompromisso e o conformismo que impera no Santos neste segundo semestre.

No intervalo do jogo contra o São Paulo, o lateral Baiano afirmou, para a rádio Jovem Pan, que "o importante é não tomar gols". Será que o lateral sabe que joga em um time que teve o maior artilheiro de todos os tempos? Em um time que ultrapassou a marca de 11 mil gols ( recorde mundial)? Em um passado nada distante, o Santos tomou 4 gols do Bahia, mas fez outros 7. Para se ganhar jogos, obviamente, é preciso fazer mais gols que o adversário. Baiano não entende isso ou se conformava com um empate naquele momento.

E mais recentemente ainda o técnico Luxemburgo afirma que "o empate pode ser um bom resultado"(http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Santos/0,,MUL107980-4404,00.html) . Onde está o velho Luxa que tinha um discurso vencedor, motivador, que armava seus times para fazer muitos gols, como fez com Palmeiras, Cruzeiro e Santos 2004? Ontem,no Olímpico, o Santos fez seu primeiro ataque apenas aos 25 minutos de jogo. O restante foi acuado pelo Grêmio - que não é um grande time, convenhamos.

É este conformismo também de parte da torcida ( "temos CT moderno, CEPRAF, Hotel, pastilhas nas paredes da Vila, somos campeões paulista, estamos muito bem!"), dos jogadores e de quem dirige o Santos (presidente, diretoria) sob o lema "Santos é de Santos e só pra Santos" que as coisas caminham nesta letargia na Vila Belmiro.

As eleições vem aí. E não vemos grandes perspectivas de mudança. Novas mentalidades, novas idéias, um modelo de gestão profissional, sem que o Santos precise ficar como refém de técnicos ao estilo "faz-tudo" ( como Leão e Luxemburgo). Com a atual mentalidade o segundo semestre pode ser uma perdição total caso não fiquemos ao menos com a tal vaga para a Libertadores 2008.
Ganhamos um campeonato paulista. Pouco para quem esperava reconquistar o mundo.
Pafúncio de Sá Kane é santista do tempo em que jogador sujava todo o uniforme no lamaçal da Vila Belmiro

FIGURINHAS DO MINISTRO VEIGA

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