sábado, outubro 23, 2010

Pelé, 70 anos!




Pelé, o Rei do Futebol, faz hoje 70 anos.

Longa vida ao Rei do Futebol, o mais fantástico jogador de futebol de todos os tempos, ao lado de Garrincha - este, infelizmente, sucumbiu ao álcool e diversas infiltrações criminosas em seus joelhos.

O MAIOR VENCEDOR
Pelé marcou em sua carreira 1.285 gols em pouco mais de 1.300 jogos, um feito extraordinário. Pelé parou de jogar no Santos aos 34 anos, em 1974, e logo depois jogou mais 3 anos pelo Cosmos-EUA, deixando o futebol definitivamente aos 37 anos.

Foram tantos títulos conquistados que daria um verdadeiro livro. Mas aqui selecionamos apenas "alguns":

- 3 vezes campeão mundial pela seleção brasileira (em 4 Copas disputadas);
- 2 vezes campeão mundial de clubes ( 1962 e 1963, pelo
Santos);
- 2 vezes campeão da Libertadores da América (1962 e 1963, pelo Santos);
- 6 vezes campeão brasileiro ( Taça Brasil, Roberto Gomes Pedrosa, João Havelange, Copa União...não liguem para nomenclaturas!);
- 5 vezes campeão do torneio Rio-SP;
- 10 vezes campeão paulista;
- 1 Recopa Interncontinental ( 1968);

E diversos outros torneios espalhados pelo mundo todo, seja jogando pelo Santos, seja pela seleção brasileira. E enquanto jogou no Brasil, vestiu apenas a camisa do SantosFC, abrindo exceção apenas para o Vasco da Gama, em 1957, quando um combinado formado entre Santos e Vasco venceu um torneio internacional, desses parecido ao "torneio de verão" ou "mundialito" que fez do Corinthians "campeão mundial".

A VÍTIMA PREFERIDA

A vítima preferida do Pelé era mesmo o time da marginal s/n.

Pelé jogou 50 partidas contra o Corinthians. Ganhou 25, empatou 16 e só perdeu 9.

Tanta raiva do "timão" pode ter uma explicação.

Em 1958 a seleção brasileira fez um amistoso de preparação para a Copa contra o Corinthians. O time da marginal e a torcida queriam que o tal Luizinho Polegar fosse para a Copa, e não um moleque de 16, 17 anos, no caso o Pelé.

Sem contar que do chamado "trio de ferro", o Corinthians não levaria nenhum jogador para a Copa.

Pois bem, nesse amistoso o Pelé saiu contundido depois de uma entrada violenta de um zagueiro corintiano. A torcida gambá, que já estava ouriçada para que tirassem o Pelé de campo, vibrou muito quando o garoto saiu de campo.

Por muito pouco Pelé não foi cortado da Copa da Suécia. A comissão técnica o bancou no elenco e o resto da história todos já conhecem.

E durante o período que Pelé jogou futebol profissional, o Corinthians nunca foi campeão de torneio nenhum. Isso deu margem a várias teorias malucas, uma das quais dizendo que Pelé jogou uma praga no time de Parque São Jorge: enquanto jogasse futebol, nunca o Corinthians seria campeão.

Coincidentemente, o Corinthians sagrou-se campeão apenas em 1977, no mesmo ano em que Pelé despediu-se do futebol no Cosmos-EUA.

EDSON, O HUMANO; PELÉ, O MITO

Pelé é mito, perfeito. Edson Arantes do Nascimento é humano, que comete erros como qualquer mortal. E cometeu alguns ao longo de sua vida.

No entanto, o brasileiro deveria entender que Edson tem direito como cidadão à opinião e respeitá-la. Desvincular o mito do mortal não é fácil. Virou modinha bem imbecil, em quase todas as entrevistas que o Edson/Pelé concede, utilizar o jargão criado por Romário: "Pelé calado é um poeta".

Que Edson, ouvido por ser Pelé, cometa lá suas gafes, é absolutamente normal. Mas duas frases ditas por Edson/Pelé ressoam como verdades absolutas até hoje:

"Vamos cuidar de nossas criancinhas" - 40 anos depois não poderia haver frase mais adequada e urgente.

"Brasileiro não sabe votar". 30 anos depois, temos aí Tiririca.
Pelé eterno!

terça-feira, agosto 31, 2010

Breve (breve mesmo!) história do Corinthians - homenajem ao sentenariu mano!

1910 – É fundado em São Paulo, capital, o Sport Club Corinthians Paulista. Há controvérsias quanto à origem do nome, porém o mais provável é que se trate de uma homenagem a um navio cargueiro inglês naufragado do qual restou apenas um par de remos e uma velha âncora - daí a inspiração para o escudo.

1914 – Primeiro título paulista... digo, paulistano. Ou da Liga Paulista de Football. Quer dizer...sei lá! Em 1914 tivemos dois campeões paulistas, por ligas diferentes, uma confusão! Como ninguém se entendia, o avô de Armando Marques resolveu proclamar dois times campeões naquele ano. O fato se repetiria diversas vezes ao longo das décadas de 1910, 1920 e 1930.

1928 – Fazendeiros às margens do Rio Tietê ( limpo à época) são desapropriados de uma área e ali nasceu o “estádio” do Corinthians, chamado de “Fazendinha” para homenagear os antigos donos. Foi a primeira ação do então presidente Washington Luís para tentar resolver o problema dos sem-tetos. Neste ano surgem os primeiros registros de poluição no Rio Tietê.

1952 – O primeiro título internacional do Corinthians veio neste ano com a Pequena Taça do Mundo, disputada na Venezuela, grande potência do futebol sul-americano nesta época. A competição envolvia apenas clubes convidados e não possuía caráter oficial, pois era organizada por um grupo de empresários. Se isso te lembra alguma coisa, vá até o ano 2000.

1954 – Cronologicamente, este é o quarto título mais importante da história do Corinthians: campeonato paulista do IV Centenário da cidade de São Paulo. Chamado para as comemorações e para a entrega da taça ao campeão, o presidente Getúlio Vargas não estava a fim de ir e deu uma desculpa convincente: se matou. Ou mataram o presidente? Deixa pra lá...

1961 – A maravilhosa campanha no campeonato paulista daquele ano legou ao clube um dos seus apelidos mais sugestivos: “faz-me rir”.

1968 – A vitória sobre o Santos de Pelé por 2x0 depois de 11 anos de surras foi tão emocionante que os corintianos comemoraram este fato como se fosse um título, de forma que este é o terceiro título mais importante da história do Corinthians. Reza a lenda que um dos ministros do então presidente Costa e Silva era corintiano e, na noite do fim do tabu, de porre, propôs umas “mudanças na lei”. Assim foi criado o AI-5.

1969 – É fundada a “Gaviões da Fiel”. Já que no campo o time não ganhava nada, o jeito era tentar ganhar algo no carnaval.

1974 – O único grande jogador revelado pelo clube, Rivelino, é expulso pelos torcedores.

1976 – Milhares de torcedores corintianos invadem o Rio de Janeiro para a semifinal do campeonato brasileiro contra o Fluminense. Neste ano surgiu na capital carioca a proposta de um complexo penitenciário chamado “Bangu I”.

1977 – Depois de 23 anos sem ganhar nem palitinho, figa ou bafo, o Corinthians sagrou-se campeão paulista batendo a Ponte Preta na final. O jogo foi totalmente irregular, pois o Corinthians atuou com 12 jogadores ( com Rui Rei) e a Ponte Preta apenas com 10 (sem Rui Rei). Foi o segundo maior título da história do clube.

1990 – primeiro título nacional do Sport Club Corinthians Paulista, se igualando ao Coritiba (1985) e Sport Recife (1987), mas ainda em desvantagem a esses clubes por não possuir estádio.

1998 – o Corinthians começa a era das grandes contratações. O grande nome deste ano é o argentino Javier Castrilli, árbitro que também é ídolo da torcida da Portuguesa-SP.

2000 - um grupo de empresários resolveu criar um torneio similar à “Pequena Taça do Mundo” disputada na Venezuela na década de 50 e assim tivemos a 1ª edição da Copa Band / Torneio de Verão, conquistada pelo Corinthians (convidado, diga-se de passagem), que foi “campeão do mundo” só para a Band, Traffic e a Fiel, claro. Diante de tanto chororô corintiano, os velhinhos da FIFA disseram que eles eram “campeões mundiais”, mas tipo “café com leite”.

2001 – Inspirado no Torneio de Verão e Corinthians “campeão mundial”, a Rede Globo cria os “Jogos Mundiais de Verão” exibido até hoje no Esporte Espetacular.
2002 – retomando a tradição de grandes contratações, o Corinthians contrata o gaúcho Carlos Eugênio Simon. Deu certo: campeão da Copa do Brasil. No ano seguinte, porém, sem grandes contratações, naufragou - mais uma vez - na Libertadores.


2005 – Falido, sem dinheiro e atolado em dívidas, o Timão faz um acordo com a máfia russa e contrata dois grandes craques: Luís Zveiter e Márcio Rezende de Freitas. Sucesso: campeão brasileiro.

2007 – Rebaixado para a segunda divisão do campeonato brasileiro. Índice pluviométrico da cidade de São Paulo registra recorde neste ano.


2008 – Alegria para a torcida corintiana! O maior título da história do clube veio neste ano: campeão da segunda divisão!

2010 – Ano do centenário corintiano, mais conhecido como “centenada”. Uma série de eventos é programada para comemorar a data e, sem títulos significativos para chamar a atenção, o jeito foi programar um tal “show da virada”. Convidaram o presidente da República, corintiano ( o que explica a situação do país), mas nem ele foi. O clube argentino River Plate enviou uma nota lamentando não ter sido convidado para participar de mais um “show da virada”.

Caso reproduza este texto, cite a fonte: http://espiritosantos.blogspot.com/

terça-feira, junho 01, 2010

Pós-jogo Santos x Gambás: algumas considerações

Demorei a atualizar essa postagem porque imediatamente após o jogo contra o Corinthians fiquei deveras chateado nem tanto pela derrota em si para um time tecnicamente inferior, mas sobretudo pela disposição principalmente dos jogadores que podem decidir a partida – Neymar, Paulo Henrique Ganso, Wesley ( sim, o nosso “elemento-surpresa”, jogador fundamental neste time). E poderia escrever mais besteiras do que normalmente já escrevo.

Se em um time altamente qualificado como o Santos jogadores como Marquinho e Marcel se destacam mais pela vontade do que propriamente pelo futebol apresentado, alguma coisa está errada.

Muito se falou em “ambiente ruim”, “racha no elenco” e “boicote dos meninos” ao técnico Dorival Jr e outras teorias. Mas ao que parece o ambiente na Vila Belmiro está bom – segundo quem está lá constantemente e acompanha os treinos. Claro que houve algum "estremecimento" no grupo após a desastrada entrevista do técnico Dorival Jr. que tentou mostrar “autoridade” via imprensa – e os meninos também deram “recadinhos” via imprensa, o que fez o treinador "baixar a crista" e adotar um discurso mais brando, ressalte-se – mas pelo visto a coisa já foi superada, ao menos é o que todos esperamos.

Então vamos nos deter a breve análise sobre alguns aspectos técnicos, táticos e personagens polêmicas deste time.

DORIVAL JR.
Já falei sobre o treinador aqui mesmo neste blog, em plena euforia pela conquista do título paulista. E deixei uma pergunta: como será a sua atuação, por exemplo, nas fases finais da Copa do Brasil e em jogos decisivos de um campeonato brasileiro com pontos corridos?

No jogo contra o Corinthians novamente errou nas substituições, deixando o já vulnerável sistema defensivo santista bastante convidativo para as descidas do “Ataque corintiano” – a proposta de jogo do técnico Mano Menezes é só uma: retranca. E o posicionamento da zaga também deixa a desejar. Dorival Jr. alega falta de tempo para treinamento. É uma justificativa válida, então o que faria um treinador com algum bom senso? Se não há tempo para treinar, invente o menos possível. Com a parada para a Copa do Mundo, Dorival Jr. tem a obrigação de ao menos equilibrar este time defensivamente.

FELIPE
O goleiro vem sendo bastante contestado e virou o alvo preferencial dos santistas e muitos já pedem a volta de Fábio Costa. Bem, com essa zaga mal postada, sem proteção efetiva à frente de zaga, podem colocar Fábio Costa, Diego Cavalieri, Renan, Dida, Peter Cech, Rodolfo Rodrigues 30 anos rejuvenescido que o time adversário vai continuar chegando na cara do gol diversas vezes.

Antes de crucificar o jovem goleiro santista, seria bom ajustar este sistema defensivo do Santos. Não estou dizendo que Felipe é um goleiraço, extraordinário, nada disso: é um jovem goleiro com potencial para progredir muito na carreira. Precisamos, sim, de um goleiro melhor. Mas repito: da forma como o Santos vem jogando contra adversários mais qualificados, serão 2, 3 gols por jogo, independente de quem estiver no gol. E Fábio Costa, definitivamente, não é a solução para o problema.

MARQUINHOS
É o queridinho do treinador e essa insistência com o jogador vem prejudicando a equipe. Foi bem contra o Corinthians? Eu digo que ele se destacou, sobretudo, pela vontade que até então não havia apresentado. Em um time "molenga" não é tão difícil assim: Geílson, Tiuí, etc.

Mas qual a função do jogador no time titular – e mais: o que ele vem jogando para justificar esta condição? Ele não tem fôlego para marcar, sua chegada ao ataque não é incisiva e constantemente “some” da partida. Há quem diga que o jogador é importante para compor o meio de campo e é a única opção que Dorival tem no banco.

Discordo: antes de esgotar as possibilidades, seria bom que Dorival testasse o jovem Breitner na posição. É um jogador taticamente muito interessante e que certamente comporia muito melhor um meio de campo ao lado de Arouca e Wesley. O problema é que Dorival não o utiliza em jogos mais fáceis e assim insiste com Marquinho o tempo todo.

ASSESSORIA DE IMPRENSA E NEYMAR
Finalmente a assessoria de imprensa do SantosFC apareceu e resolveu blindar Neymar do assédio dos repórteres. Há quem diga que a assessoria de imprensa é um assunto secundário, mas não é: em plena era da informação – e com as novas tecnologias de informação e comunicação – o trabalho deste profissional é de suma importância para orientar e evitar polêmicas desnecessárias, entrevistas desastradas ( como a do treinador Dorival Jr no episódio dos baladeiros) e declarações impensadas, como algumas dadas por Ganso e por Neymar.

Sobre Neymar, o garoto vai oscilar em seu futebol ainda. Em 2003 Robinho levou um chá de banco do treinador Chiliquenta e ao longo daquele mesmo ano teve altos e baixos no campeonato brasileiro; hoje é um baita jogador. Com Neymar é preciso paciência, mas também cuidados e orientações para com este adolescente – as pessoas parecem esquecer deste “detalhe” e confrontar adolescentes humilhando-os publicamente é a pior coisa que pode acontecer a eles. Há que preservar disciplina e estabelecer regras e punições, sim, mas a forma como isto é feito faz muita diferença.

PS: A julgar pela comemoração dos corintianos após a vitória sobre o Santos, a impressão que temos é que eles vão colocar uma nova estrela na camisa. No ano do CENTENADA, talvez seja a maior conquista do Corinthians: ganhar do Santos. (arte by RPN)

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quinta-feira, maio 20, 2010

Como matar um imortal - Santos 3 x 1 Imortal

Clique na imagem para visualizá-la melhor.

Desde tempos remotos o homem busca através de vários meios uma forma para se conquistar a imortalidade. No campo religioso, é muito comum a expressão “imortalidade d’alma”, o que seria o equivalente ao que se chama "vida eterna".

Como definir o termo “imortal”? O dicionário traz a definição de algo “eterno”, mas Platão diz o seguinte: “isto é algo que não podemos exprimir de uma maneira racional”. Logo, o que ainda temos é uma grande dúvida sobre o tema. E sem entrar no campo do Divino, a questão permanece: a imortalidade, de fato, existe?

Na noite de quarta-feira, 19 de Maio de 2010, um time provou que a imortalidade - ao menos nas quatro linhas de um campo de futebol – não existe. E este abalo nas crenças e dogmas filosóficos só podia vir de um time acostumado com feitos incríveis.

Jogavam Santos x Grêmio na Vila Belmiro. O time sensação do Brasil, chamado de “Meninos da Vila” precisava vencer o time gaúcho do Grêmio, que é conhecido também como “Imortal”. Que missão complicada para os garotos santistas: como matar um imortal e seguir em frente na Copa do Brasil?

Para se matar um imortal não é difícil:

- Ouça o que líder ou treinador dos imortais tem a dizer. Geralmente, por se acharem detentores da imortalidade, são arrogantes. Mas tais palavras demonstram medo. Pavor. Horror. Terror. Em suma: um cagaço daqueles!
- Não caia na tentação dos imortais em subverter aquilo o que é certo: futebol é uma coisa, “vale tudo” é outra coisa bem diferente – até porque o “vale tudo” tem muito mão daqui, mão dali, coisa que os imortais adoram.
- Ao comemorar um gol, faça-o com danças bem humoradas – nunca, mas nunca comemore como os imortais: atracados em uma avalanche de machos um em cima do outro;
- Escolha um bom animal de estimação e proteção para o seu lar: um ganso é uma boa pedida. Imortais preferem cavalos e mulas, que dão coices. Não queiram imitá-los.
- Descubra o ponto fraco dos imortais. Não é difícil: Aquiles, o herói grego, tinha o ponto fraco no seu calcanhar; já os imortais possuem um furo na cueca, o que indica seu ponto fraco.
- Descoberto o ponto fraco dos imortais, enfie por ali três salsichões. Aí acaba a valentia dos imortais, que pedirão por mais uma salsichada, mas não é necessário: o imortal está rendido, dócil, manso e com um sorriso no rosto. Já está pronto para ir pra cova.

Tomadas essas atitudes, o time de Robinho, Paulo Henrique Ganso, Neymar, Wesley e cia. não apenas matou um imortal: enterrou-o ali mesmo na Vila Belmiro. Deu um pouco de trabalho no primeiro tempo, mas no segundo tempo o mito da imortalidade terminou, sem impedimentos, sem queda, sem intervenções externas.

Imortal, na Vila, é enterrado vivo. Para um time que é chamado SANTOS, isso não é difícil.Complicado mesmo é imitar argentino, sobretudo avalanches com todo mundo (homem) no encoxa aqui, encoxa ali... aí já passou do “imortal” para o “imoral”. Mas essa é outra história!

SANTOS NA FINAL DA COPA DO BRASIL
Mesmo com Rodriguinho, Dorival Jr e Marcel, o Santos venceu o Grêmio “imortal” por 3 x 1 na Vila Belmiro e segue para a final da Copa do Brasil 2010 – vai enfrentar o Vitória-BA, que despachou o Atlético-GO do Geninho por 4 x 0 no Barradão - o time goiano não contou com Rodrigo Tiuí, o que explica esta goleada sofrida pelo time do Geninho.

Apesar de não ter jogado bem no primeiro tempo e com o Grêmio dominando as ações, a defesa santista não tomou gol, o que já é um feito interessante; já no segundo tempo a história foi outra: o treinador Dorival Jr - sim, hoje foi bem, até que enfim! - , corrigiu o posicionamento do Rodriguinho e Wesley ( Wesley ficava plantado na marcação e Rodriguinho se mandava pro ataque, o que é um erro, já que Wesley tem essa característica e a cumpre muito bem – vide o gol) e os moleques acordaram.

Aí foi moleza: Santos dominou o Grêmio, fez 3 golaços ( Ganso, Robinho e Wesley) e poderia ter feito 5 ou 6 que não seria nada de anormal - Marcel armou um contra-ataque rapidíssimo pro Wesley fechar o caixão imortal e depois o centroavante perdeu o gol mais feito do ano. Ê, Marcel, Caetano já cantava "alguma coisa está fora da ordem...". Fim de jogo, olé na Vila, enterro de imortal e calando a boca do falastrão Silas e dos torcedores “imortais”.

VITÓRIA
Não subestimem o time baiano, sobretudo no Barradão. O time do Vitória é certinho. Tem um goleiro bom ( Viáfara – da escola René Higuita, mas melhorou muito), uma dupla de zaga jovem mas interessante no jogo aéreo, um meio de campo experiente – Vanderson é o volante “brucutu”, Bida todos conhecem e Ramón Menezes é o grande articulador de jogadas do time. Atenção para o ataque: o garoto Elkeson é promissor, joga muito bem e o centroavante Júnior, experiente, é bom no jogo aéreo, faz bem o pivô das jogadas e é artilheiro oportunista. Vacilou, ele marca mesmo.

Time por time o Santos é bem superior, mesmo sem Dracena e Léo, mas com Arouca retornando e jogando com seriedade e sem subestimar o adversário, o time da Vila tem todas as condições de conquistar mais um título – as finais serão depois da Copa do Mundo.

Postado por Jaime Guimarães, substituto do lendário Ministro Veiga.
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quinta-feira, maio 06, 2010

O futuro do ex-trategista


(clique na imagem para visualizar melhor a homenagem ao S.C.Curintia, que todos amamos zoar)

Hoje teremos um convidado especial para a atualização do blog: Walter Davi Dente, renomado astrólogo, numerólogo, arqueólogo, sociólogo, psicólogo e advinhólogo. Pedimos ao renomado estudioso para que fizesse uma previsão muito simples: o futuro do (ex?) técnico Vanderlei Luxemburgo, o ex-trategista.

E agora, em primeira mão, apenas para os leitores do blog Espírito Saaaantos, o futuro do (ex?) técnico Vanderlei Luxemburgo.

2010 – Após uma campanha muito ruim no campeonato brasileiro e contratações desastradas – os atacantes Jean, Gilmar Pica-Tonta e Kleber Pereira, além dos meias André Beleza, Magnum e Léo Lima - Luxemburgo é demitido do Atlético-MG, deixando o clube mineiro na 11ª colocação. Indignado com a demissão, Luxemburgo esbraveja: “Extávamos no meio de um proxexo, levei o time à Sul-Americana e exixo rexpeito. Nunca mais trabalho aqui!”

2011 – É contratado pelo Santa Cruz-PE e recebido com festa no estádio do Arruda. Os torcedores do Santa esperam que Luxemburgo consiga tirar o tradicional clube pernambucano da 4.a divisão.

Abril de 2011 – O Santa Cruz faz uma excelente campanha no campeonato pernambucano e chega à final. Mas perde o título para o Sport-PE na Ilha do Retiro. Presidente do Sport-PE ironiza Luxemburgo, dizendo que o treinador é “velho freguês” do leão da ilha. Luxemburgo pede respeito e afirma que nunca trabalhará no Sport.

Dezembro de 2011 – Decepção total no Santa Cruz: o time não consegue passar pelo octogonal que classificaria 4 times para a 3ª divisão. Luxemburgo é vaiado pela torcida do Santa, que o acusa de “decadente”. Irritado com as críticas, Luxemburgo pede que tenham respeito com o seu nome e afirma que “ o meu ciclo no Santa terminou hoje. Nunca mais trabalho aqui!”

2012 – Vanderlei Luxemburgo acerta contrato para treinar o Gurupi, de Tocantins. De quebra, anuncia sua candidatura à câmara de vereadores de Palmas, capital do estado.

Maio de 2012 – Com reforços consagrados como os atacantes Gil e Denílson, além do lateral esquerdo Kléber Chicletinho, o Gurupi quebra um jejum de 4 anos sem títulos e vence o campeonato tocantinense de futebol. Luxemburgo avisa que é só o começo do "proxexo". Continua trabalhando com o Gurupi e dedicando-se à sua eleição.

Outubro de 2012 – Luxemburgo não consegue se eleger vereador em Palmas, mas ficou com a 15ª suplência de seu partido e na 52ª suplência da coligação; Gurupi ameaçado de rebaixamento na 4ª divisão.

Dezembro de 2012 – O Gurupi naufraga e sequer consegue vaga para o octogonal da 4ª divisão. Na última rodada, após perder em casa para o Trem Desportivo Clube, do Amapá, a torcida do Gurupi hostiliza Luxemburgo, que desabafa na imprensa local: “Isso é molecagem, nunca mais trabalho aqui!”

2013 ( N.do E.:notem que o mundo não acabou. Calendário Maia fail) – Às voltas com o seu reativado Instituto Vanderlei Luxemburgo de Futebol, o treinador tem convite do Atlético Ibirama, de Santa Catarina, mas resolve aceitar o desafio de ser manager do Íbis-PE. Seu auxiliar técnico, o ex-jogador Ricardinho, é o novo técnico do Íbis, que graças a Luxemburgo fecha parceria com o Iraty-PR para obter alguns atletas. Chegam ao clube pernambucano o meia Jorinélson ( sobrinho de Arinélson) e o experiente Cléber Santana.

Junho de 2013 – Com Ricardinho no comando técnico e Luxemburgo no depto. de futebol, o Íbis disputa 32 partidas entre campeonato pernambucano e Taça Estado de Pernambuco, que classifica 4 times para disputarem a 4ª divisão do campeonato brasileiro. Em 32 jogos o Íbis perde 30, empata 1 e vence 1 partida polêmica contra o Serrano, em Serra Talhada, com arbitragem duvidosa do árbitro Márcio Rezende de Freitas Filho. Torcedores do Íbis, inconformados com a vitória do time, que perdeu o posto de “pior time do mundo” para o DostolstóiFC, de Vladivostok, da Rússia, hostilizam o dirigente Luxemburgo, que afirma “nunca mais trabalhar no Íbis novamente”.

2014 – Após 6 meses dedicando-se integralmente ao Instituto Luxemburgo de Futebol, onde lança como treinadores Carlinhos Bala (ex-atacante), Fabiano Genro (ex-volante), Astorga (ex-zagueiro) e Denílson (ex-atacante), Vanderlei volta a Santos, desta vez para treinar a Portuguesa Santista, que está de volta à 1ª divisão do campeonato paulista.

Abril de 2014 – A Portuguesa Santista é novamente rebaixada para a 2ª divisão do campeonato paulista após perder para o Santos por 5 x 0 na Vila Belmiro. Na véspera do jogo, o experiente atacante Robinho, de volta ao Santos –que conquistaria o título daquele ano - , puxou o coro “Ô Vanderlei/Pode esperar/ a sua hora vai chegar”. Sob a alegação de ser um treinador muito caro, a diretoria da Briosa demite Luxemburgo, que esbraveja: “sou um profixional. Não axeito como fui tratado! Nunca mais trabalho aqui!”

Dezembro de 2014 – Desempregado e tentando a carreira de empresário de jogadores, foi convidado para dirigir o time dos “Amigos de Ronaldinho Gaúcho” na despedida do craque. Jogando contra o time dos “Amigos de Adriano”, perde o jogo e é xingado no Maracanã pelos torcedores – sobretudo do Flamengo. Inconsolável, afirma: “nunca mais trabalho aqui!”

2015 – A convite do amigo Marcelo Teixeira, ex-presidente do Santos, vai lecionar no curso de Administração Esportiva da UniMT. Luxemburgo está satisfeito com a nova função, mas admite que tem convite para treinar a seleção da Guiana. Para isso já se matriculou no curso de Idiomas Santana’s Language, de propriedade do ex-técnico Joel Santana, que abandonou a carreira de treinador e virou professor de inglês para jogadores e técnicos de futebol.

Agradecemos ao sr. Walter Davi Dente pelas previsões.

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domingo, maio 02, 2010

SANTOS, CAMPEÃO PAULISTA DE 2010 (mesmo com o treinador aprontando novamente)

Foi difícil, foi sofrido demais. O bom time do Santo André engrossou o jogo, fez 3 gols - e 1 mal anulado - e aos 45 minutos do segundo tempo a trave impediu que o time do ABC Paulista saísse do Pacaembu - que recebeu 35 mil santistas - com o título paulista de 2010.

Mas o Santos tem algo que é mágico. À parte misticismos e devaneios poéticos, 15 anos depois de uma das maiores exibições de um jogador no Pacaembu, o espetáculo se repetiu.

Giovanni, em 1995, teve uma atuação de gala nos 5 x 2 contra o Fluminense-RJ; Paulo Henrique Ganso, em 2010, repetiu o feito de seu "padrinho, que o indicou ao Santos, paraense também.

Um jogador com 20 anos de idade, que fala "não" a um treinador que insistia em estragar até mesmo o seu bom trabalho durante a fase classificatória; um jogador com 20 anos de idade que deu uma verdadeira lição em "experientes" do naipe de Marquinho e Roberto Brum, além do lateral Léo. Este é Paulo Henrique, simplesmente sensacional na finalíssima. Quando tudo parecia perdido para o Santos, o jogador bateu a mão no peito e disse "deixa comigo". Gênio!
E, mais adiante, um menino que mal completou 18 anos infernizava a defesa adversária. Marcou dois gols, driblava, escapava de falta, não "pipocou" ( como muitos apostavam) e deu um verdadeiro show de futebol. Enquanto ele esteve em campo, desestabilizou o Santo André. Esse é Neymar, o menino genial que já desponta como craque.

Ao seu lado, já consagrado, Robinho. Que é bastante contestado, que dizem não ser mais o mesmo de 2002. Não é mesmo. Aquele Robinho, que encantava com as pedaladas, ficou no passado. Hoje é um jogador mais objetivo, que melhorou bastante em fundamentos como passe e finalização. O torcedor espera que o Robinho dê pedaladas mágicas em todas as partidas. Não verão mais. Mas verão passes geniais como o que ele deu para o garoto Neymar. Outro perna de pau desperdiçaria o lance.

Tem esse Arouca, volante cujo passe ainda pertence ao São Paulo. Não sei onde o Santos vai arrumar dinheiro, mas precisa ser contratado imediatamente. Alguém aí sente falta do tal Rodrigo ZZZZouto? Alguém aí acha que este jogador faria 1/4 do que fez o Arouca hoje na final - e em todo o campeonato?
E o Pará. O Parazinho do ABC, jogador contestado, xingado, detonado. É o típico jogador que melhora de produção quanto o time vai bem. Seja na lateral direita, seja na lateral esquerda, Pará é um verdadeiro leão, implacável na marcação e ainda se arrisca a uns lances no ataque.
Pois devemos a estes jogadores - Paulo Henrique Ganso, Neymar, Robinho, Arouca e Pará - o título nesta tensa partida final. Sem desmerecer os demais jogadores, mas estes 5 foram geniais!

COMO PERDER UM CAMPEONATO


Basta seguir essa receita:

- Mantenha no time titular um jogador lerdo, inoperante, que joga a 20km/h enquanto o time e o jogo estão a 100 km/h;

- Deixe de fora o vice-artilheiro da equipe e um dos que ajudaram o time a alcançar a fabulosa marca de 100 gols em 28 jogos - e isso para escalar o tal "jogador lerdo e inoperante", mas queridinho do treinador;

- Promova substituições absurdas nos dois jogos finais;
- Tire de campo um dos craques do time e cogite substituir o melhor jogador do time no segundo tempo;

- Invente querer ser "o estrategista" e abandone o esquema e o estilo de jogo que vinha dando certo justamente na fase final;
- Demore uma eternidade para fazer uma leitura de jogo;

- Confie em jogadores reconhecidamente ruins para "dar uma força na marcação".

A receita acima foi fornecida pelo técnico Dorival Jr., que fez de tudo para entregar o título ao Santo André neste domingo, com o Pacaembu lotado de santistas incentivando sem parar o time, com vantagem no placar e quase todos os titulares à disposição. ( e como o Wesley faz falta nesse time, não é?)

Evidente que Dorival tem seus méritos por conduzir brilhantemente a equipe nas fases classificatórias tanto da Copa do Brasil como no Campeonato Paulista. Mas é na hora da decisão, nas fases finais, que vemos com quem podemos contar ou não. E os erros inacreditáveis de Dorival Jr. depõem contra a credibilidade em seu trabalho. O desequlíbrio do treinador foi tão grande que fica a pergunta: como seráa sua atuação, por exemplo, nas fases finais da Copa do Brasil e em jogos decisivos de um campeonato brasileiro com pontos corridos?

Nenhum técnico é infalível e não se trata de reinvindicar aqui um "super técnico". Trata-se apenas de considerar um técnico que não atrapalhe, que arme bem a equipe e não se cometa tantos e inacreditáveis erros como o sr. Dorival Junior principalmente em uma final. Por pouco não compromete todo o trabalho ao longo do ano.

Hoje vimos que podemos contar com Neymar, Arouca, Robinho, Paulo Henrique Ganso e até com o Pará; e vimos também que não podemos contar com Marquinho e Roberto Brum. A grande dúvida é: e com o técnico Dorival Jr., podemos contar?

Não deixemos de pensar nisso.

No momento, vamos comemorar! Esse título do Santos é também uma amostra de que ainda existe futebol alegre, genuinamente brasileiro, que não se intimida com brucutus e recalcados! Um VIVA aos meninos da Vila, um VIVA ao futebol que ainda resiste em nossos gramados! E ainda corrigiu uma injustiça histórica: dispensado por Marcelo Teixeira e Vanderlei Luxemburgo, Giovanni finalmente pôde dar a volta olímpica no Pacaembu, o que foi impedido em 1995 por Márcio Rezende de Freitas. Uma despedida que poderia ter sido participando da partida final, mas graças ao treinador...deixa pra lá! AGORA, QUEM DÁ A BOLA É O SANTOS! O SANTOS É O GRANDE CAMPEÃO!


Escrito por Jaime Guimarães, substituto do Ministro Veiga, ainda desaparecido. Siga-me no twitter: www.twitter.com/jaimeguimaraess

domingo, abril 25, 2010

Santo André 2 x 3 Santos. Dorival, Dorival...

O Santos venceu, no sufoco, o Santo André por 3 x 2 de virada na primeira partida da final do campeonato paulista 2010. Está com a mão na taça e na próxima partida pode perder

E hoje, me desculpem, a bronca vai para o treinador do Santos, Dorival Jr. – mesmo com o péssimo primeiro tempo do alvinegro da Vila, apático e com sérias dificuldades para jogar o seu melhor futebol, o treinador santista não foi nada feliz na tarde deste domingo.

CONSELHOS PARA DORIVAL

Conselho 1: NÃO SE DEIXA NO BANCO DE RESERVAS O ARTILHEIRO DO TIME! Ainda mais para a entrada de um jogador como o Marquinho, que tem lá sua importância tática, mas basta ver que no segundo tempo, com a entrada do André e com a mudança de atitude da equipe, o Santos fez 3 x 1 até com certa facilidade; A melhor formação para esta equipe é com o Pará na lateral direita, meio de campo composto por Arouca e Wesley e o ataque com Robinho, Neymar e André, sendo que o Robinho pode voltar um pouco mais para buscar jogo. Marquinhos é banco.

Conselho 2: NA SUBSTITUIÇÃO, CUIDADO: COM APENAS UMA MUDANÇA PODE DESESTRUTURAR UM SETOR INTEIRO. Dorival Jr. errou feio na substituição para a entrada do Madson. Marquinho fazia uma das piores partidas com a camisa do Santos: nulo, sem função. O lógico seria que este jogador fosse substituído. No entanto Dorival fez lambança: deixou o Marquinho em campo, tirou Pará ( um leão na marcação) e com isso perdeu tanto lateral como meio de campo. O resultado: O Santo André, mortinho em campo, achou facilidade justamente pelo setor direito, fez o segundo gol e ainda foi pra cima acreditando que poderia empatar a partida. Felizmente o jogo terminou antes disso.

Entendam, não é o caso de julgar o Dorival Jr. como um mau treinador, ninguém está dizendo isso. Apenas que na hora da decisão não se pode cometer certos erros – a meu ver, óbvios – e deixar o adversário tomar conta da partida, como fez o Santo André no primeiro tempo e no finalzinho do segundo tempo. Isso poderia comprometer o - belíssimo - trabalho ao longo do campeonato.

DESTAQUES
BOLA CHEIA: Ganso, Wesley e André. O que o Paulo Henrique fez no segundo tempo foi mágico, coisa de um legítimo camisa 10; Wesley mostrou toda a versatilidade que o torna uma das “peças fundamentais” deste time e André mostrou o porquê é imprescindível.

BOLA MURCHA: Edu Dracena e Marquinho. O zagueiro estava tão estranho no primeiro tempo que andou entregando uns lances pra lá de esquisitos e quase que o Santo André vira o tempo com pelo menos 2 x 0 de vantagem; Marquinho foi um jogador que só fez número em campo. "E o goleiro, que falhou no primeiro gol?" Pois é, apesar da falha horrível do Felipe no gol do Ramalhão, o goleiro praticou ao menos umas 3 defesas sensacionais. Tem apenas 22 anos, tem grande potencial.

ARBITRAGEM
PC de Oliveira todo mundo sabe quem é. Neymar foi caçado em campo no primeiro tempo, sofreu pênalti e o grande PC, pra variar, deixou pra lá. E todos os jogadores do Santo André estavam doidos para que o moleque entrasse na provocação e recebesse um cartão amarelo. Não adianta chorar: esse é o PC Oliveira e todos sabem quem é. Inclusive a diretoria do Santos que, salvo engano, nem se manifestou contra a escolha deste péssimo árbitro.

FINALÍSSIMA
Que o time entre em campo no próximo domingo “focado”, sem os habituais “apagões” ( 4 meses de trabalho e isso ainda não foi resolvido) e que Dorival não queria inventar logo na finalíssima. Aliás, que ele relacione o Giovanni para a partida e, no final, quando tudo estiver definido – esperamos que a favor do Santos – o nosso G10, com a tarja de capitão, jogue uns 10, 15 minutos e levante a taça de campeão paulista. Uma despedida em grande estilo para o nosso eterno Messias.

Escrito por Jaime Guimarães, substituindo o saudoso e desaparecido Ministro Veiga.
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domingo, abril 18, 2010

Santos 3 x 0 São Paulo. Juvenal subiu a serra!

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Sejamos justos: o São Paulo até que tentou e usou a sua melhor arma neste ano, a boca. Calma, apressadinho, não estou falando de felattio, e sim dos falastrões pelos lados do Morumbi, mais propriamente o presidente Juvenal Juvêncio.

Que soltou um festival de bobagens logo depois do primeiro jogo em que o Santos venceu por 3 x 2: primeiro, que os meninos do Santos “estavam apavorados” em campo. Logo depois, na reunião que definiu – de novo! - Fábio Koff como presidente do clube de 13, Juvenal Jumêncio ( apropriado, não?) afirmou que o Santos era um clube “de médio para pequeno”.

Não sei de que forma essas declarações repercutiram na Vila Belmiro antes do jogo, mas a julgar a vontade com que Neymar e cia. jogaram contra o São Paulo, sobretudo no segundo tempo, não havia melhor resposta para dar a Juvenal Jumêncio e alguns recalcados da imprensa que insistiam em dizer “ó, mas o São Paulo tem camisa, hein?”. Como se a camisa do Santos também não merecesse respeito.

O JOGO

Dorival Jr. surpreendeu ao sacar o artilheiro do time, André, dentre os titulares para a entrada do Pará na lateral direita e reforçar o meio de campo com Wesley e Marquinhos. Nem precisava: com um meio de campo contando com Rodrigo ZZZouto e Cléber ZZZantana, o São Paulo era lento, burocrático e mal apareceu no ataque no primeiro tempo. O Santos, apesar de ter as melhores chances, parecia ressentir da referência do jovem André no ataque. Uma pena Paulo Henrique e Marquinhos não estarem inspirados no primeiro tempo, pois assim o Peixe poderia virar o placar com pelo menos 2 x 0 com certa facilidade até.

No segundo tempo, Robinho apareceu pro jogo. E aí pobre São Paulo: o craque fez fila, chamou o jogo, deu pedalada, fez tabelas com Neymar, outro que infernizava a zaga tricolor e aí deu no que deu: 3 x 0 sem ter o que contestar, embora a transmissão da Rede Globo tentasse, o tempo todo, encontrar irregularidades nos gols de Neymar. Mas não deu, não é, Arnaldo?

DESTAQUES

Pará jogou bem, mais uma vez. Quebrou o galho na lateral esquerda, foi muito bem na lateral direita. É daqueles jogadores que crescem de produção quanto a equipe está em um bom momento. Felipe foi muito seguro hoje e a dupla de zaga foi muito firme, além do Wesley fazer exatamente o que se espera dele: marcar e aparecer bem no ataque, com toda a mobilidade que possui - o chapéu que ele deu no Richarlysson foi antológico.
Mas o Neymar acabou com o jogo. Robinho no segundo tempo foi muito bem, mas o moleque que desperta cobiça de Real Madrid e Chelsea deu um show desde o primeiro tempo: chamou o jogo, driblou, catimbou, fez gol, fez paradinha, não se intimidou. Claro que o Dunga prefere volantes brucutus a jogadores técnicos e aspirantes a craque, mas tanto ele, Neymar, como Paulo Henrique Ganso deveriam ir para a Copa, sem dúvida.

FUTURO

Agora, na final contra o bom time do Santo André, é preciso manter o mesmo espírito deste jogo de hoje contra o São Paulo: a equipe jogou com seriedade e o principal problema deste time ao longo do ano até aqui, os famosos “apagões”, hoje simplesmente não aconteceram. É um bom sinal.

Escrito por Jaime Guimarães, substituto do Ministro Veiga, ainda desaparecido ( suspeita-se que foi abduzido por reptilianos).
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domingo, abril 11, 2010

E o Santos ganhou, peste!


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Os convidados de hoje para falar da bela - e nervosa - partida São Paulo 2 x 3 Santos, válida pelas semifinais do campeonato paulista de 2010, no Morumbi, são os meus amigos repentistas Zé Dourado ( não é parente do Big Boster) e João Tilápia. Vamos ouvi-los!

Chegue de lá, meu cumpádi João Tilápia,
Pra mó de nós contá a peleja deste domingo,
Do time que joga pra frente, futebol de magia
Contra o time do qual você tem muito amigo!

Olhe, Zé Dourado, você me respeite,
Que sô muito macho e num gosto de falo,
Bora falar de futebol e do cabra da peste
Que deu ao Santos a vitória contra o São Paulo!

Olhe meu cumpádi, você tá com a razão
Antes contemos a história deste jogo:
Eu achava que seria fácil pro peixão,
Mas acabamos tomando foi sufoco!

Cumpádi, isso porque o adversário tem experiência,
Os moleque entrou em campo respeitando demais,
Mesmo assim fizemo 2 x 0 na base da paciência,
E ainda garantimo um jogador a mais!

Sim, cumpádi, bem lembrado, tá bem de memória,
Mas no segundo tempo o São Paulo voltou melhor,
Eles fizeram do jogo perdido uma outra história,
E no empate eu cheguei a temer pelo pior!

Isso, cumpádi, mas jogo só acaba quando juiz apita
E foi numa falta arrumada lá pelas direita,
Que saiu o gol que decidiu a partida,
Com o goleiro narigudo caçando borboleta!

E pra cardíaco foi um belo teste
Porque aos 45 do segundo tempo
Surgiu nosso cabra da peste
Pra marcar o terceiro tento!

Eita, tu falou pouco e num foi nada mal,
Cangaceiro faz assim e não se consome,
Quietinho subiu bem o nosso Durval,
E calou as purpurinadas no panetone!

Olhe, cumpádi, vou agora te dizê a verdade,
Gostei do resultado, mas achei que faltou postura,
No próximo jogo tem que jogar com vontade,
Pra mó de nós num sofrer tanta gastura!
Tem razão, cumpádi, mas deixe de agonia,
Num se avexe, nosso treinador vai sabê conversar
Pra esse time voltar a jogar o seu normal,
Tem que respeitá o adversário que vem na correria,
E vai ter castigo pra quem não se esforçar:
Vai dormir na concentração com o Durval!

E viva nosso cangaceiro, cumpádi!

Viva!

Postagem de Jaime Guimarães, quebrando o galho enquanto o saudoso Ministro Veiga continua desaparecido. Qualquer informação, por favor, mande um tweet: www.twitter.com/jaimeguimaraess e leia também o Grooeland: http://grooeland.blogspot.com/

quinta-feira, abril 08, 2010

Chegou a fase decisiva!

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A última rodada da fase classificatória do campeonato paulista definiu os confrontos das semi finais: Santo André (2.o colocado) x Grêmio Prudente (3.o colocado) e o grande clássico Santos (1.o colocado) x São Paulo ( 4.o colocado). O Palmeiras, em crise permanente, ficou bem longe na tabela de classificação e o Corinthians, sedento por "vingança" contra o Santos, vai ter que esperar pela chance apenas no campeonato brasileiro, pois foi eliminado e corre o risco de transformar o ano de seu centenário em "centenada".

ERA MELHOR CORINTHIANS OU SÃO PAULO?
Se o time quer ser campeão não tem que escolher adversário. No entanto eu acho que seria mais fácil jogar contra o Corinthians. Porque o time de Parque São Jorge é um time lento, que marca mal ( apesar do retranqueiro Mano "chorão" Menezes) e sobrevive de lampejos de um Dentinho - agora pode ser julgado pelas cotoveladas desleais que andou distribuindo em alguns jogos, não é? -, de um Roberto Carlos ou do oportunismo do Ronaldo. E nada mais. Aliás, com esse time aí a corintianada pode se preocupar: não leva Libertadores e se perder alguns jogadores como Elias e o próprio Dentinho é candidato ao rebaixamento no campeonato brasileiro.

E o São Paulo melhorou principalmente depois do técnico Ricardo Gomes tirar da cabeça e do meio de campo a formação que contava com Rodrigo ZZZZouto e Cléber ZZZZantana. O time com esses dois jogadores torna-se pesado, lento, sem criatividade. E não seria com Léo Lima Podre que isso aconteceria. "Reencontraram" por lá o Marlos, que tem muita velocidade e boa técnica e com isso o São Paulo ganha outra jogada forte, além do jogo aéreo e dos arremates de fora da área do Hernanes.

COMO O SANTOS DEVE JOGAR?
Dorival Jr. já anunciou que não muda as características do time: vai com três atacantes ( Neymar, André e Robinho) e apenas um volante, o Arouca. Completam o meio de campo o Marquinhos e o Paulo Henrique Ganso.

Se do meio de campo para frente o time do Santos é muito forte e causa verdadeiros estragos às zagas adversárias, o setor defensivo não inspira confiança. Acho que Dorival está se arriscando muito ao jogar apenas com o Arouca à frente de zaga. O problema é que os volantes do elenco são fracos: Roberto Brum, Rodrigo Mancha e Germano são ruins e agora junta-se a este grupo o fraco Rodriguinho, vindo do Guarani. Não dá nem para dizer quem é o "menos ruim", embora o Germano tenha se mostrado mais "útil" recentemente. Para o campeonato brasileiro, que contratem logo um bom volante: olhem o bom e velho Marcos Assunção no Grêmio Prudente! Dizem que já acertou com o Palmeiras, o que é uma pena. Seria perfeito para o Santos.

Não abdicar do ataque e manter as características do time é louvável, mas ter variações táticas defensivas também não seria ruim. Não estou falando de retranca, apenas uma proteção à zaga e ao grande "calo" do Santos: as laterais.

E AS LATERAIS?
A lateral direita do Santos é um problema sério. Contrataram Maranhão, mas não inspira confiança; George Lucas é a opção imediata, mas além de viver machucado não é bom marcador, apesar de ser razoável no apoio.

Por isso Dorival Jr. tem improvisado por aquele setor: Brum, Wesley e Pará. Dessas improvisações, talvez a menos ruim seja o Pará. Pastor Brum só tem lugar em uma faixa do campo: o banco de reservas e tá bom demais até; Wesley rende melhor no meio de campo - e depois que ele andou se aventurando (mal) no setor direito, seu rendimento no meio de campo caiu;

Resta o Pará, que vinha quebrando o galho na lateral esquerda ( e bem) até a volta do Léo - que voltou mal. Gosto muito do Léo, mas no momento o Pará deveria ser o titular da lateral esquerda. Mas não tem muito jeito para este jogo: Pará, apesar de todas suas limitações, marca melhor do que Lucas, Wesley e Brum. E é quase certo que o São Paulo vai explorar justamente as descidas do Marlos e do Dagoberto pelas laterais para chuveirar na área pro Washington tentar alguma coisa.

Não acredito em goleada ou vitória fácil santista. Mas o que pode ajudar o Santos nas duas partidas pelas semifinais está no banco do São Paulo: Ricardo Gomes. O treinador é um tanto atrapalhado e costuma mexer mal na equipe. Neste aspecto o Santos está melhor servido.

Escrito por Jaime Guimarães, que assumiu temporariamente o blog enquanto o Ministro Veiga continua desaparecido. Qualquer informação ligue 0800-171-171. Não há recompensa, apenas contamos com a boa vontade e o enorme coração das pessoas! =D

segunda-feira, março 15, 2010

Sobre Santos 3 x 4 Palmeiras: um grande jogo e lições a aprender

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O Palmeiras quebrou a invencibilidade de 12 partidas do Santos ao derrotar o alvinegro por 4 x 3 na Vila em uma grande partida. Teve de tudo ontem no estádio Urbano Caldeira: gols bonitos, falha de goleiro, dancinhas, arbitragem frouxa, lances geniais.

O Santos falhou muito em seu setor defensivo. Culpabilizar o goleiro Felipe pela derrota – falhou no 4º gol por estar adiantado e desatento no jogo – é simplista e esconde a principal deficiência do time neste campeonato: o desequilíbrio entre um ataque incrível e um sistema defensivo frágil. Sem contar os “apagões” que o time sofre em determinados momentos dos jogos. O Santos simplesmente “para” de jogar e isso vem acontecendo desde a partida contra o Bragantino, passando por Rio Claro, Corinthians e até Naviraiense (no 1º jogo, em MS).

Dorival precisa resolver isso. A zaga está muito desprotegida e é preciso de um volante “cão de guarda”, daqueles que tenham como ofício a marcação implacável e a cobertura da zaga. O problema é que no elenco só tem “meia boca”: Roberto Brum, Germano e Rodrigo Mancha são fracos. Mesmo assim Dorival deveria pensar na escalação do Mancha, o menos ruim dos três, para compor melhor o meio de campo. É bonito ver uma equipe com vocação tão ofensiva, mas é bom lembrar que não é todo o dia que um time toma 3 gols e marca 6.

Ontem marcamos 3 gols no Palmeiras – que obviamente não é a Naviraiense, como certos comentaristas insinuaram – que tem Marcos no gol, mas tomamos 4 gols em falhas grotescas de posicionamento da zaga, tanto que no 1º gol verde eram três jogadores subindo para cabecear, livres de marcação, restando apenas ao goleiro Felipe uma saída não muito honrosa, mas sem muito o que fazer. O resultado acabou sendo justo porque o Palmeiras soube aproveitar bem todas essas deficiências santistas.

Patrulhamento


Enquanto o Santos e os meninos da Vila faziam a festa contra Bragantino, Rio Branco e outros times do interior, ninguém reclamava de “desrespeito” e “gracinhas” que os habilidosos jogadores de frente do Santos faziam – muito pelo contrário, diversos comentaristas e jornalistas exaltavam a “volta do futebol arte, do futebol moleque” e outros termos elogiosos e saudosistas.

Porém primeiro veio a paradinha no pênalti convertido por Neymar no clássico contra o São Paulo e um humilhado Rogério Ceni desabafando de forma grosseira e arrogante contra o moleque ousado de 18 anos recém-completos; depois veio o chapéu no zagueiro Chicão, do Corinthians, em clássico vencido pelo Santos na Vila. E aí começou todo o patrulhamento em torno dos jovens jogadores santistas. Houve até quem defendesse que o Chicão "arrebentasse" o Neymar.

Os mesmos jornalistas e comentaristas que outrora louvavam o “futebol moleque” passaram a falar de “molecagem”. Passaram a dizer que o time de meninos era “mascarado”, que subestimava e humilhava os adversários.

Ao final da partida contra o Santos, o meia Diego Souza, do Palmeiras, tomou as dores do zagueiro Chicão e desabafou: “eles fazem o que querem, subestimam muito os outros times. O Neymar disse que deu aquele chapéu no Chicão porque deu vontade. Isso não se faz”. Seria ótimo que o Diego Souza também fosse solidário a jogadores que recebem cotoveladas e são caçados em campo. Isso, sim, não se faz.

Há uma inversão de valores muito interessante. Jogadores com Neymar, Paulo Henrique e Robinho possuem recursos técnicos que um Chicão, Dentinho e Diego Souza não possuem. Pecado seria se os jogadores santistas não utilizassem todos aqueles recursos, como pedaladas, dribles, lançamentos, chapéus. Interessante que tais recursos são vistos como “desrespeito” ao adversário, mas as cotoveladas e lances perigosos que se constituem em entradas maldosas são considerados “do jogo”. Se outros jogadores não possuem toda essa técnica, cabe a eles encontrar seus pontos fortes e treinar, e não procurar intimidar um grupo de garotos que joga futebol como se fosse uma diversão.

Diversão. Talvez este seja o problema. Em um mundo muito chato e politicamente correto, onde palavras como “respeito” e “profissionalismo” muitas vezes não passam de meros discursos hipócritas quando se convém utilizar – sobretudo no Brasil, onde o “jeitinho” e o improviso infelizmente ainda imperam - , a diversão, a alegria, a espontaneidade parecem ser proibidas.

Eu me divirto vendo esse jovem time santista jogar, mesmo que não seja campeão ( é futebol, nem sempre os melhores times vencem, vide Brasil 1982) é um prazer assistir partidas em que o Santos entra em campo. Porque não apenas os meninos jogam bonito e com alegria que resulta em belos lances e gols fantásticos, mas também porque o adversário se esforça ao máximo para vencê-los. E o resultado é um grande jogo de futebol.

Infelizmente, ao que parece, para muita gente, perdura a filosofia Pé-de-Uva do futebol de resultados cujo o gol é “apenas um detalhe”. Que seja. Mas não condenem o que só aparece de tempos em tempos e por um curto período em nosso pobre e desgastado futebol: um time alegre, espontâneo e habilidoso.

Porque também precisamos de um pouco de humor!

Palmeirenses agora estão com a moda do “Porcolation”.Nada contra, é criativo,desde que fique apenas neste campo das dancinhas e brincadeiras saudáveis, sem descambar para agressões. Neste espírito vamos relembrar uma charge do saudoso Ministro Veiga, desaparecido desde 2008 e que até hoje não se tem notícias sobre seu paradeiro.
Escrito por Jaime Guimarães, que achou a senha do blog com a ex-namorada do Ministro Veiga, a Cunegunda. Só não perguntem como ele obteve tal senha. Siga no twitter: www.twitter.com/jaimeguimaraess e no blog http://grooeland.blogspot.com/