Márcio Fernandes, nosso George Romero

Fui observar, no site do Santos, algo mais sobre o Quiñonez.

Michael Jackson Quiñonez, nascido no Equador em 21/06/1984, portanto tem 24 anos. Antes do Santos jogou em apenas 2 clubes: Espoli e Deportivo QUEVEDO.

Eu sabia que tinha algo sobrenatural neste Quiñonez. A falta de vontade e de brio deste time do Santos “non ecziste” e só mesmo apelando para o Sobrenatural de Almeida (imortal criação de Nélson Rodrigues) pro Santos vencer o qualificado time reserva do Inter-RS por 1x0.

E o Santos não fez por merecer, principalmente no primeiro tempo. O Inter foi bem melhor e fez um gol mal anulado pelo árbitro da partida, o digníssimo Heber Roberto Lopes.

Era o Sobrenatural de Almeida aparecendo. Um árbitro ajudando o Santos. Alguma coisa estava errada...

E isso foi aos 15 minutos do primeiro tempo. Até então não se sabia o que era mais assustador: o time do Inter, o árbitro dando uma força pra gente ou o time do Santos.

Esse time do Santos parece com os filmes de Ed Wood: tosco, feio, sem rumo, improvisado. Merece o Framboesa de Ouro, prêmio dado aos piores filmes do ano. MT é sério rival do Ed Wood.

Jogadores como o Chicletinho e Kleber Pereira jogam com uma má-vontade impressionante. De estrelas, viraram coadjuvantes e se pudessem nem apareceriam no set de filmagem. Wendel parece ter “incorporado” as personagens, tanto quanto Adaílton, Molina e Cuevas. Estão mais para protagonistas de filmes conceituais, onde falam um bocado, mas não há ação, não há emoção, não há excitação.

Márcio Fernandes começou com se fosse um Chris Columbus...aquele tipo de diretor que faz filmes água com açúcar, inofensivos, mas que no geral agradam. O diabo é que MF meteu na cabeça que quer ser um Almodóvar, um Kubrick ou até um Spielberg, vá.

Só que numa cena digna de George Romero em “A Volta dos Mortos-Vivos”, MF ressuscitou o grande Michael Jackson Quiñonez. E a esta altura todo mundo já sabe do resultado, mas se este roteiro caísse nas mãos de qualquer um, a resposta seria a mesma: Isso non ecziste!

2009 – O ano em que faremos contratos e contatos?
Ed Wood, digo, Marcelo Teixeira, o produtor executivo, bem que poderia tomar um pouco de vergonha na cara em 2009 e tentar fazer um filme melhor para os santistas. Em 2008 a tônica foi o terror, o suspense e o pornô ( contrato de gaveta é sacanagem!).


O ideal seria mudar este produtor, mas como não é possível por enquanto, o jeito é torcer para que em 2009 um novo elenco, um novo diretor e novos roteiros sejam preparados. Mas sem Freddy Krueger ou Alien, super produções que detonam orçamentos com resultados pífios.

No ano que vem o torcedor santista não quer saber de filmes dramáticos ou de terror com zumbis em campo. Quer um filme épico, apaixonante, com final feliz e digno de Oscar, como manda a tradição do SantosFC.