Pois é, meus amigos. Permito-me atravessar o tão aguardado texto do nosso querido e festejado monarca PATUSKÃO, para abordar a questão do amor à camisa, que tem povoado os blogs, listas de discussões e o imaginário dos torcedores de futebol.
O gancho para esse assunto é a volta de Fábio Costa (é possível até que não volte mesmo...mas, enfim....como o futuro a Deus pertence, permito-me esse exercício de futurologia).
Fábio Costa é um bom goleiro, talvez um dos 5 melhores em atividade no Brasil. Contratá-lo faz parte da estratégia do Luxemburgo de montar uma espinha dorsal forte...e enfraquecer um adversário direto (com requintes até de crueldade, uma vez que insere e cizânia pelos lado chacariteanos).
E porque nós, santistas, teimamos em querer receber, como jogadores de futebol, somente vestais, impolutas, que não tenham se vendido por dinheiro ou por melhores condições de crescer profissionalmente ???? Amor à camisa ???? Mas quem tem o tal amor à camisa no futebol moderno ????
Amor confunde-se com amador...e creio que o futebol profissional não dá liga com esse conceito. Há exceções, mas se são exceções somente servem para confirmar a regra: futebol é negócio, rentável, e os jogadores são parte dessa engrenagem que movimenta muita grana.
Mas por que Fábio Costa é tão execrado ??? Por ter assinado o contrato com o Santos e, depois de uma ligação para Leão (que garantiu que ele seria reserva) resolveu voltar atrás e aceitar a proposta de um outro clube no qual seria titular absoluto ??? Ora, quem de nós teria feito diferente ????
E Ricardinho Gambá Ponto Eletrônico da Silva ????? Por que o perdoamos ???? E Luxa, que nos abandonou 2 vezes e agora volta como o Salvador da Pátria ? E Léo, que está prestes a voltar para outro time ?
Perdoem-me, meus amigos, mas acho que nossa percepção do que é correto está desfocada. Fábio Costa aceitou novamente jogar pelo clube e, seja por qual motivo for, certamente o mais importante para ele é a oportunidade de ganhar honestamente seu dinheiro. Nossa torcida tem que deixar de ser tão sensível....se tivermos que cobrar amor à camisa, nosso técnico jamais poderia ser Luxemburgo, nosso supervisor de futebol jamais poderia ser Luis Henrique de Menezes, nosso líder em campo jamais poderia ser Ricardinho (que queimou o Gallo porque ele afastou o Tcheco), e nosso salvador da pátria jamais poderia ser Giovani, que nos deixou na mão em 1996 e nos fez mergulhar no mais profundo abismo.
Se o futuro a Deus pertence, como tem sido alardeado vez ou outra pelos jogadores, aceito esse futuro e sei que Fábio Costa é uma aposta correta. Aliás se tivéssemos que trocar Ricardinho por Fábio Costa, essa troca já deveria ter sido feita há muito tempo.
Lord do ABC – Advogado, é o responsável jurídico pelo Blog. É especialista em habeas corpus, o que garantirá a livre manifestação de pensamento, mesmo que o pensamento seja tosco. Consultor espiritual, tarólogo e astrólogo da Corte. Fundador da ONG PEIXE FRITO e apreciador de uma boa galhofa.
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